domingo, 7 de agosto de 2011

"Uma conversa com o Jesse McCartney", parte I


Mike Ragogna: Então, vamos falar sobre o seu álbum Have It All. Você realmente teve tudo pra esse novo álbum?
Jesse McCartney: Sim, tudo e mais um pouco. Estou muito animado pelos fãs para escutarem esse. É o meu quarto álbum em estúdio, estou muito ansioso para isso. Acho que é o próximo passo, o próximo capítulo.

MR: Have It All possui todas as marcas registradas do Jesse McCartney, mas também parece que você aperfeiçoou um pouco e ele está bem mais maduro do que o último álbum. Por exemplo, você coescreveu muitas das músicas desse álbum.
JM: Sim. Você sabe, é muito justo afirmar que houve um amadurecimento. Quer dizer, é uma progressão natural que naturalmente aconteceria quando você começa aos dezesseis anos de idade com o seu primeiro álbum e eu terei vinte e quatro no começo do próximo ano. Tenho percorrido um longo caminho e acho que os fãs certamente o escutarão e os críticos também. É o próximo passo, é o meu quarto capítulo – a vida de um homem de vinte de três anos, um pouco sensacionalizada no sentido de que eu tenho vivido uma vida bem louca e há muito sobre o que falar.

MR: Você tem alguns convidados em Have It All, você pode nos contar sobre com quem você trabalhou?
JM: As pessoas sempre perguntam “Com quem você colaborou?” e elas sempre acham que tem que ser necessariamente um cantor ou rapper, com quem eu também colaborei. Mas trabalhei com maravilhosos produtores que são também artistas, pessoas como Sean Garrett e Kevin Rudolph, que possui o título de melhor música de 2009 por “Let It Rock” e produziu vários álbuns. E as pessoas não sabem de verdade o quão maravilhoso Kevin é, ele é um produtor inacreditavelmente talentoso e um artista. Ele meio que me ajudou a chegar na minha meta para esse álbum. Eu também cantei junto com outra pessoa, gravei com Tyga... Um dos novos rostos do Young Money e um incrível rapper – acho que ele tem vinte anos, é mais novo que eu. Ele e eu gravamos com o Sean Garrett uma música chamada “I Don’t Normally Do This”. Essa é, definitivamente, uma das músicas no cd onde eu dei uma diferenciada e as pessoas ficaram, tipo, “Esse é o Jesse?”. Esse é o próximo passo para mim, algo mais na linha rítmica do R&B. Com a ajuda do Tyga e do Sean nós fomos capazes de fazer isso.

MR: Você se identifica com o R&B?
JM: Absolutamente, eu cresci escutando músicas soul. Pessoas como Stevie, Aretha, Ray Charles, Michael e Prince. A coleção de discos dos meus pais era tudo quando eu era criança. Se não eram esses discos, eram outros da sua coleção. Eu me lembro de quando tinha quatro anos de idade e um dos primeiros discos que escutei foi o de Elvis Presley. Lembro-me de ter pensado “Eu quero ser esse cara”. Ele era um dos únicos cantores brancos que conseguiam soar emotivos, na minha opinião. Eu ficava, tipo, “É, isso é exatamente o que eu quero fazer”, então foi mais ou menos assim que tudo começou. Meus pais eram muito musicais, ambos compunham e faziam música, então nós crescemos numa casa cantando músicas todos juntos e o R&B foi uma grande base para o começo da minha carreira. Sim, é por isso que eu quis fazer um álbum que representasse a minha juventude.

MR: Quando você era criança, também foi parte do grupo pop Dream Street.
JM: O Dream Street foi a minha primeira experiência como um artista contratado, eu tinha doze anos de idade quando me juntei à banda. Os caras estavam pondo tudo em ordem e nós fomos contratados primeiramente por Jason Solam, que era na época o presidente da Lava, parte da Atlantic. Eu era tão novo que mal me lembro. Ficamos na Atlantic Records por alguns anos e foi ótimo, foi a minha primeira chance de experimentar como era estar na estrada. Nós estramos em turnê com a Britney (Spears), sendo a minha primeira dose de “estrelato”. Faz tanto tempo e eu era tão ingênuo que não era capaz de aproveitar. A banda durou por alguns anos e nós nos separamos... Eu tinha só quatorze ou quinze anos de idade. Foi exatamente na época em que eu comecei a carreira solo.

MR: E, então, em 2004, você lançou o álbum Beautiful Soul.
JM: Sim, trabalhei nele por alguns anos. Entrei no estúdio e tinham algumas músicas submetidas a mim, as quais eu não compus porque eu não era bem um compositor na época. Então, eu só as gravei, entrei no estúdio com o Sherry Kondor, meu atual empresário, e também a minha mãe. Eles me apoiaram muito, investiram muito do seu próprio dinheiro e eu também para fazer esse EP que o Jay Landers, da Disney, tinha escutado e dito “Quem é esse garoto? Quero ele!”. Eles me fizeram viajar para LA e o resto é história. Eu assinei o contrato duas semanas depois dele ter ouvido o álbum e foi isso.

MR: Beautiful Soul ficou entre os 15 melhores álbuns e música “Beautiful Soul” entre os 10 melhores singles.
JM: Eu acho que, na rádio, era o terceiro ou quarto melhor single. Mas, sim, foi certamente o álbum monstro da minha carreira. Ele ma lançou a uma estratosfera completamente diferente.

MR: E também teve “Leavin” que teve uma colocação ainda mais alta, alcançando o segundo lugar. Depois “How Do You Sleep” com o Ludacris, outra gravação de sucesso que chegou ao 15º lugar.
JM: É, eu tenho sido muito sortudo. Tenho tido um bando ótimas canções e pude viajar o mundo por causa delas. Isso parece acontecer no tempo certo. Sou realmente muito abençoado.

MR: Uma das minhas músicas favoritas desse álbum é “Mrs. Mistake” que você compôs junto a Dr. Luke.
JM: Sim, agradeço que essa seja uma das suas favoritas.

MR: Quando você gravou esse cd, quem ficava no comando?
JM: Começando com esse álbum, quando eu tomei as rédeas criativamente e fui capaz de guiar os compositores e produtores para a direção certa. No fim do dia, eu tenho que ser aquele que canta a música e vive com ela para o resto da vida. Então, quem seria melhor para tomar as decisões finais do que eu?

MR: Parece-me que a sua carreira tem sido associada à Disney e à Hollywood Record, que são afiliadas.
JM: É que um dos afiliados da Disney é o dono da Hollywood Buena Vista. Esse é, na verdade, um malentendido comum, eu nunca estive em nenhum programa da Disney ou a outros afiliados, exceto talvez a minha aparição em Hannah Montana como convidado, quando eu tinha dezesseis anos. Eu sou contratado pela Hollywood, eles têm sido maravilhosos comigo e são comandados pela Disney. Acho que com os meus cds, posso te garantir que esse meu álbum não seria comprado para a sua filha de sete anos. Não é um álbum da Disney.
17 de Dezembro, 2010

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